quarta-feira, 15 de junho de 2011

O dia que eu vivi

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Ontem, coloquei na cabeça que se voltasse para casa sem emprego, seria um dia perdido. Novamente me surpreendi com o curso que as coisas tomaram, e não mais pensei assim. O que me surpreendeu ainda mais foi a simplicidade com o qual eu mudei meu pensamento.
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Minha mãe havia conseguido um emprego pra mim, numa empresa terceirizada dos Correios. Caberia a mim levar meus documentos e pegar a vaga. Pouco antes de dormir, uma amiga me apresenta uma oferta de assessoria de imprensa aqui em São Caetano. A assessoria não era algo certo, talvez esse fosse o único porém dessa oferta. Porém, o único porém de uma tornou-se o maior problema do outro.
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Após fazer uma pequena viagem até o Anhangabaú, descobri que a vaga nos Correios havia sido preenchida, e ninguém tinha avisado a minha mãe, que, consequentemente, não me avisou. Imagine a minha cara. Fiquei bravo, irritado, possesso, mas fingi que estava tudo bem e assinei um documento no qual eu poderia ter chances caso novas vagas surgissem. Ao chegar em casa, após lavar a louça, pensei " não era pra eu estar aqui, era pra eu estar trabalhando, fazendo algo, ganhando meu dinheiro ! " e o desespero veio. Me senti um inútil. Mas o que fez do meu dia vivido, e não perdido, ocorreu logo após a mal-sucedida ida ao centro de São Paulo.
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Já estava lá perto, liguei pra Fernanda pra ver se ela ainda estava na faculdade. Ela estava, e poderia me ver. Fui até lá e conheci as amigas dela, ri de histórias que todas contaram e fui até o shopping metrô Tatuapé com ela. Almoçamos, conversamos e ficamos um pouco juntos. Apenas esses fatos fizeram dum dia que tinha tudo pra ser esquecido um dia com ótimas recordações.
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Eu poderia lamentar pelo que não tive. Prefiro saudar os momentos que vivi.
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