Lembro-me das palavras da diretora da escola. Nessas férias façam duas coisas. Leiam e se divirtam. Se formos levar apenas pelo princípio do período tudo isso tinha tudo pra ser perfeito. Logo nos primeiros dias das férias terminei de ler " O Príncipe " e fui ver " A Proposta " com os meus amigos. O primeiro me deu uma visão panorâmica de tudo o que envolve poder e a política no cotidiano. O segundo me fez ver que não era só um simples gostar o que o meu corpo indicava. Era muito mais que isso.
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Não só o filme. A mensagem. Não por acaso ela foi guardada no meu arquivo. O príncipe já estava a caminho querida. E ele chegou. Tu fez a correria pra deixar meus amigos em casa valer a pena. Os fiz sair do carro o mais depressa possível pra cair no teu abraço o quanto antes. E essa seria a tônica das minhas férias. Não. Não os filmes. Não só os livros. E sim você.
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Pra não dizer que não fiz outra coisa. Comecei e terminei " O Bom Crioulo ". Ótimo livro. Com um desfecho pífio. Merecia um final muito melhor. E comecei Sermão da Sexagésima. Livro tenebroso. Linguagem rebuscada. Enredo ruim. Tipicamente barroco. Movimento com o qual não gosto de ver mutia coisa. Sobretudo na área religiosa.
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Joguei muita bola. Mais que tudo. Atrás da quadra fiz 3 novas amigas. Uma mais calada. Outra completamente louca. E uma terceira que adora conversar. As 3 igualmente importantes. Voltei a minha segunda casa. Vi o maravilhoso jogo entre São Caetano e Brasiliense. Vi a Lusa cair. O São Paulo se recuperar. O Rosário sair do calvário. O Benfica se reforçar.
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Para minha tristeza saí da escola de música. Aquele lugar tão mágico e encantador que me fazia tão bem. Não teria mais tempo para tudo aquilo. Troquei os acordes pelos estudos. Mas o meu sagrado violão de nome Hendrix toco todo dia. Fiz dois vídeos. Uma ainda homenageando o rei do pop em meio a comoção mundial no qual a sua morte se deflagrou. O segundo foi dos Beatles. Yesterday. O que havia prometido a muito tempo para um certo alguém.
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Já voltei em ti. De novo. Todas as minhas grandes histórias nessas férias de inverno foram contigo. O dia do shortinho. O do teu quarto escuro. As nossas brigas. Essa angústia de saber se tu tá bem. Seja nessa sexta-feira que tu saiu com o povo do colégio eu nos demais dias no qual tu não entrava ou saía.
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Cada jura de amor... cada sensação... fizeram esse mês de férias ser espetacular. Esse mês de férias e esse meio de prorrogação que a gripe suína nos trouxe. Gripe que vitimou o pai de uma amiga minha. E que fez venderem máscaras em meio ao show de aniversário da cidade. Excelente show. Diga-se. Que deixou meu ego lá no alto. Que fez meu amigo beijar a menina de má fama na escola. Que fez outro reencontrar uma amiga do primário e chapar ao ir na casa dela. Que me fez rir.
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Raras dessas risadas que não foram contigo no entanto. Enquanto meus amigos tudo faziam e pra nada me chamavam eu não me achei um solitário. Pelo contrário. Tive a ciência de que solitário não estarei nunca mais. Entre risos e folgas fica a certeza de que essas férias tem nome. O teu nome. Uma marca registrada. O nosso carimbo. E que sempre será lembrada. Como u bem disse. Nossas primeiras férias " juntos ". De toda uma vida escolar e/ou profissional. Afinal de contas... lembrar é fácil para que tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração. E parar de sonhar é impossível para quem tem você.
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E segunda vai ser a mesma coisa. Com novidades certamente ruins. Esteja preparada por que teu telefone tocará bastante entre Agosto e Setembro. Eu terei que me preparar ainda mais para tudo que vem pela frente. Que essa magia me dê forças. Que o São Paulo me inspire. Que meus amigos se lembrem de mim. Que os próximos livros sejam melhores. E que tu seja sempre assim.
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