Sempre disse: minha vida é no ritmo da cidade. Admiro a tranquilidade do campo nos primeiros dias. Após tal tempo, conto as horas pra voltar ao agito, ao burburinho e até a falta de tempo da minha cidade amada.
.
Após o longo período de férias forçadas, fui com tudo pro cursinho. Tomando õnibus, aprendendo os macetes da rua, fazendo novos caminhos. Claro que nos primeiros dias não é fácil, mas a adaptabilidade sempre vem. E, pra mim, ela sempre veio rápido. Já começo a tirar proveito disso tudo.
.
Acordar cedo não é tão custoso pra mim, assumo. Ir pra aula, idem. O que eu mais tenho gostado nesse ano, e, sobretudo, nesse últimos dias, é a imprevisibilidade doas dias após o almoço. Simplesmente já aconteceu de tudo.
.
Já voltei pra escola a pedidos duma amiga, assim como, com essa amiga e outras meninas, já almocei. Já andei sozinho pelo centro e encontrei lugares importantes que eu não fazia ideia de que ficavam tão perto. Fiz da rodoviária a minha segunda casa, assim como já quase deixei de fazer a carteirinha da viação, por pouco.
.
O melhor disso tudo é, certamente, encontrar e reencontrar pessoas. Aquela garota que foi sua paixonite no primeiro ano. A menina que tentei juntar com um amigo e sua amiga. A menina mais doidivanas da minha antiga sala. Aquela garota, que nem conheço direito, assumo, mas que vira e mexe aparecia na escola de música. Isso sem contar nas vezes nas quais vi jogadoras do time de vôlei da cidade por aí.
.
Mesmo com as pessoas do meu próprio cursinho ignorando umas às outras, o que eu não consigo entender o por quê, esse ano, por enquanto, tem se mostrado muito bom. O ano do ônibus, das novas amizades, das antigas que, mesmo longe, se fazem presentes. O ano que eu sempre quis pra minha vida.