Logo ao acordar e depois de fazer o destro, escrevi isso num canto qualquer da folha de controle da glicose. Era o meu sentimento, logo confirmado no cursinho. Apenas umas 5 pessoas me desejaram parabéns. Umas que eu nem conhecia, outras que eu sabia quem eram nem olharam na minha cara. É nessas horas que você sente falta dos seus grandes amigos, quando você é, mais do que nunca, apenas mais um na multidão.
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Mensagens de texto de dois irmãos seus, ligações do pai e da madrasta, todas que, de alguma forma, te deixaram alegres. O singelo presente da sua avó. Uma carteira, de 18 anos ? Sim. Ela sabia o quanto eu precisava, e fez questão de me dar isso. Ao contrário da minha mãe, que me deu um pijama. Já tenho vários, e o presente era totalmente dispensável. Convenhamos, tal qual a companhia dela, que me deixou na mão após insistir em me dar carona para o cursinho.
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A tarde passa e vejo alguns tweets relembrando de tal data, algo que realmente me deixa feliz. Bem mais que as tarefas escolares que eu fazia naquele instante. Na correria, deixei alguns para fazer na casa do pai, pois precisava me arrumar para a festa da Jaque.
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É um tanto quanto estranho ir numa festa alheia na data do seu aniversário. Porém, a festa foi agradabilíssima. Ouvir os parabéns do pessoal do prédio, ve-los pegando várias menininhas e me ver sozinho, novamente. Ok, essa parte da minha vida não mudou e não mudará tão cedo. Mas o importante é ter bebido consideravelmente, não ficar mal e chegar tarde em casa.
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Minha nova vida começou. Já posso responder pelos meus atos, e espero poder faze-los sem ninguém na cola.