E, de novo, tudo se repetiu. O time adversário abre o placar. Um jogador nosso, de fundamental importância pro esquema, é expulso. Levamos o segundo gol. O time reage. Faz um. O impossível acontece e é feito o segundo. No último minuto do tempo regulamentar, todos os esforços vão por terra e leva-se o gol da derrota.
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O mesmo script da derrota pro Corinthians aconteceu hoje contra o Santos. Primeiro Jr César interceptou mal um cruzamento de Léo e fez contra. Depois, André deixou o dele. Marlos foi expulso e o primeiro tempo acaba em vantagem, mesmo com a derrota por 2x0.
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Na volta do intervalo, Hernanes acerta um chute de longe e desconta. Cicinho faz um cruzamento esplendoroso pra Dagoberto, com a boca cheia de sangue graças a uma cotovelada de Ganso, empatar. E, no fim, exatamente aos 44 do segundo tempo, Durval faz de cabeça. Agora, é necessária uma vitória por 2 gols de diferença contra o Santos na Vila Belmiro para avançar, o que ninguém conseguiu esse ano. Lógico que eu acredito, mas é difícil. Quase impossível.
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Hoje, a culpa foi da zaga. Miranga e Alex Silva pareciam assustados, nem de longe lembrava o que os beques tricolores normalmente são. Rodrigo Souto foi discreto. Deixou uma avenida para o lado esquerdo santista avançar. No mais, tudo bem. Jean seguro como sempre, Júnior César e Jorge Wagner dispostos, Washington querendo decidir, Cicinho entrando muito bem. Mas, chamou a atenção a atuação de dois jogadores. Os autores dos gols.
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Na reação são-paulina, Hernanes era o cérebro e Dagoberto, as pernas. O pernambucano avançava e via maravilhosamente bem o jogo, enquanto Dagoberto, lépido que só, se infiltrava como bem quisesse na defesa praiana. A reação, logicamente, empolgou. Mas, de novo, de nada adiantou.
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Foi assim com o Fluminense em 2009, com o Corinthians em 2010 e contra o Santos, novamente em 2010. Aliás, nesse ano a equipe jogou 5 clássicos e perdeu os 5, algo até então inédito na história do clube.
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Eu sei que eu vou te amar pra sempre, você também sabe disso. Você me deixou orgulhoso demais empatando um jogo perdido. Mas... de novo, no último minuto ? Isso acaba comgo, São Paulo. Me deixa sem reação, louco, bravo com tudo, irado com o mundo. Você, definitivamente, não sabe o quanto eu te amo e o quanto me maltrata fazendo isso.