Dormir é um martírio, acordar é um inferno. A caminhada de 10 passos do quarto para a cozinha parece a São Silvestre só de ser imaginada, e tudo se confirma ao se sentar na cadeira. Ver a mesa cheia embrulha o estômago, mesmo com comidas que se gosta. Outra caminhada interminável de alguns metros. Suas pernas pesam por nada, imploram para parar em algum lugar qualquer. Nem ventiladores ou ar condicionado dão jeito, imagine portas e janelas abertas.
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A vista embaça, e o Sol ofuscante não precisa clarear o ambiente pra isso. Ouve-se apenas ruídos e barulhos sistemáticos, como a máquina de lavar roupa. O ar é quente, a poeira é vista, a respiração é pesada. As gargantas imploram por águas e refrigerantes, os membros necessitam ficar esticados, o raciocínio é duma lerdeza imensurável. Uma ducha não refresca por mais de 15 minutos, nada satisfaz sua vontade enquanto se tomba o pescoço prum lado e a pressão cai.
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Saara ? Não. Santo André.
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