segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dois corpos sangrando

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O garoto omitia informações importantes para a menina, mas, claro, ele não sabia que as notícias eram tão importante para a garota. O menino errava em contar seu relacionamento e fazer de confidente a antiga amiga dela, sendo que elas pararam de se falar. São tantos erros resumidos em dois tópicos que o fim era óbvio.
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As feridas apareceram, o tempo foi dado. Dois corações sangravam muito. Um corpo lamentava por todos os erros alheios, sofria sem ter feito nada por isso. O outro corpo tinha todas suas fraquezas e cicatrizes à mostra, mas corria átras para que o tempo fosse suspenso e o namoro voltasse, ainda que isso custasse piorar ainda mais o sangramento, em vias de tornar-se hemorragia.
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Ela viaja, ela volta. O garoto fez todo o necessário para também tê-la de volta, mas ainda paga por seus erros do passado. Ele acha, talvez, que é melhor todos os erros aparecerem agora, e também acha que eles irão aparecer agora, visto a sensibilidade de todos os envolvidos nessa história.
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Os corpos continuam sangrando. Mas, daqui pra frente, as feridas estancarão. Com o tempo, com cuidado, e com os dois juntos, para cuidar do que foi feito, sobretudo o garoto cuidando da garota. Quando eles voltarem não existirá empecilhos nem motivos pros graves erros aconteceram de novo.
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Vai demorar um tempo pras feridas cicatrizarem totalmente, ele sabe disso. O menino tenta convence-la que o melhor jeito do sangramento parar, de vez e pra nunca mais voltar, é voltando ao que tudo já foi. Ele espera que ela entenda que quem ama não erra por querer, erra por amar. Erra pra tentar deixar tudo bem, no caso, pra te-la de volta.
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Os corpos sangram, e ao menos o corpo do garoto só vai voltar ao normal quando ele puder acariciar novamente o rosto dela.
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