Os últimos minutos de 2010 foram como boa parte da minha vida, passados na frente do computador, sem ninguém pra me importunar, como eu gosto. Antes dos fogos explodirem anunciando o ano-novo, fui buscar o celular. Ao chegar de novo na casa da minha avó, faltavam exatos dois segundos para o Brasil explodir. Explodiu.
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A primeira a cumprimentar, como não poderia deixar de ser, foi minha avó. Depois veio meu avô, minha mãe e a Ellen. Nas duas pessoas do meio, dei também os parabéns, pois dia 1/1 é também aniversário desses. Não fiquei na frente da TV, fui ver os fogos do ABC mesmo, da sala.
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Não dá pra comparar com aqueles shows pirotécnicos meticulosamente planejados como os de Copacabana, Av. Paulista, Floripa ou BH, mas foi bem bonito. A cada minuto explodiam novos rojões em diferentes lugares, uns coloridos, outros apenas com barulho, rojões, bombas... via-se de tudo. Como uma criança, eu via tudo encantado.
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Vi sozinho. No escuro. Sem ninguém por perto. Refletindo sobre a vida, o ano que passou e o que virá. Sem nenhum convidado em casa, o reveillón foi pouco movimentado, mas não teve falsidade alguma e foi bem realista, como eu bem queria.
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Lembra do celular ? Tentava ligar pra Fernanda desde o primeiro minuto do ano, mas nada. Ela conseguiu me ligar vinte minutos após a meia-noite. Nos falamos, tivemos uma boa conversa e o ano já estava valendo a pena.
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Mais conversas, desta vez por MSN, vieram: com meu primo sobre encrencas da família, com a Amandinha e com o Paulinho pra começar o ano rindo. Quatro horas depois de 2010, quem acabou foi o meu dia. E como 2011 começou bem.