sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Flagrante

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No fim do mês de setembro, voltei do meu trabalho e desembarquei na estação São Caetano, como toda noite. Esperando minha mãe, vi a cena que a foto mostra. 
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Se não está muito nítido, explico: um carro da secretaria municipal de trânsito aparece atrás de uma Brasília. Vi toda a cena e afirmo que o carro da frente estava com alguma dificuldade em ligar. Após uma assistência bem especial da SEMOB de São Caetano do Sul (que durou bons 15 minutos), o automóvel voltou a funcionar.
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Seria ótimo se o dono da Brasília não fosse um funcionário da própria SEMOB, que costuma auxiliar a passagem de pedestres na estação. O conheço apenas de vista e não sei nem o nome dele, mas sei que ele é um senhor moreno bem obeso, sendo figura facilmente reconhecível em qualquer canto. Certamente muitos que passam pelo local já o viram. 
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Pode parecer pouco, mas me irritei bastante com essa situação. O carro poderia estar ajudando o caótico trânsito da cidade ao invés de dar uma ajuda particular para um de seus funcionários mais conhecidos. E, vale dizer, esse tipo de conveniência (que só é prestada no Brasil por seguros privados) é crime.
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A figura sabia que estava fazendo algo errado. Logo após o carro da SEMOB ir embora, o gordo chegou falando grosso comigo: "Deixa eu ver a foto que você tirou aí", ele disse. A série de ameaças continuou: "Você é novinho ainda", bem subjetivo. Quando uma pessoa diz isso...
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Fica o flagrante dum cidadão que se irrita quando alguém age de má-fé. Pode ser uma fraude bem pequena, mas é uma fraude - e, pra mim, não existe fraude pequena ou grande, existem apenas fraudes
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