sábado, 8 de dezembro de 2012

Tabelão das séries B, C e D do Brasileirão

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Com exceção dos times que ainda disputam alguma competição internacional, os clubes brasileiros estão oficialmente de férias. Mas, claro, existem também times que não puderam participar de torneio gringo nenhum e que não contam com holofotes quase nunca. São as equipes das camadas inferiores do futebol nacional, que ganham seu devido destaque nesse blog.
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SÉRIE B
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Como é muito comum na historicamente equilibrada Segundona, tivemos disputa até a última rodada. Mas, ao contrário de outros anos, tivemos algumas verdades incontestáveis no torneio. Na parte de cima, sempre foi óbvio que Goiás e Criciúma iriam subir, enquanto, na parte de baixo, Barueri e Ipatinga sempre deram a certeza que seriam rebaixadas. Ao longo do segundo turno, mais times juntaram-se a esses: o Atlético Paranaense na parte de cima e o CRB na rabeira. Mas, ainda sim, havia disputa. O campeão, o último do G4 e o último rebaixado saíram apenas na última rodada. O campeonato, domo era esperado e merecido desde que Enderson Moreira assumiu o time, foi mesmo o time esmeraldino. O último a subir foi o Vitória, que fez um primeiro turno seguro e penou após a saída do técnico Paulo César Carpegiani. E quem caiu, infelizmente, foi o tão tradicional Guarani, que viveu dias conturbadíssimos politicamente na reta final do campeonato. 
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Destaque para o Criciúma muito bem armado por Paulo Comelli que fez do Heriberto Hulse um alçapão e teve no artilheiro Zé Carlos um homem-gol como há muito não se via. Destaque também para as recuperações que Enderson Moreira e Ricardo Drbuscky protagonizaram com Goiás e Atlético-PR, respectivamente. E, por fim, uma lembrança ao São Caetano, que fazia um campeonato espetacular com Sérgio Guedes e o demitiu por problemas políticos internos. Os resultados apareciam também com Émerson Leão (ainda que o futebol não fosse mais vistoso como era com seu antecessor), e ele foi demitido novamente por problemas internos - ambos não escalavam jogadores que tinham as costas quentes com a diretoria.
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Campeão: Goiás (2° título)
Subiram: Criciúma, Atlético Paranaense e Vitória
Caíram: CRB, Guarani, Ipatinga e Barueri
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SÉRIE C
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Os 20 times foram divididos em dois grupos regionalizados, o que fica bom pra todo mundo e mostrou ser uma atitude correta da CBF - até eles acertam algumas vezes. No grupo 1, com times do Norte, Nordeste e do Mato Grosso, o Fortaleza e o Luverdense dispararam, enquanto o Guarany de Sobral dava toda a pinta de que seria rebaixado - e foi. Na última rodada, alguns times poderiam tanto ser rebaixados quanto se classificar entre os quatro clubes que iam para as quartas-de-final, mostrando o equilíbrio da chave. No final das contas, classificaram-se Icasa e Paysandu, deixando os tradicionais Treze (pivô dum escândalo que atrasou o início dessa divisão e da inferior) e Santa Cruz (bicampeão pernambucano) de fora. Já no grupo 2, com times do Sul, Sudeste, Goiás e Distrito Federal, equilíbrio geral. Nas quartas-de-final, os dois papões do grupo 1 foram eliminados pelos classificados mais fracos do grupo 2, enquanto a dupla carioca de maior força da competição também foi para casa mais cedo. No final, o surpreendente Oeste ficou com o título, após superar rivais do quilate de Fortaleza e Chapecoense sempre com gols fora de casa.
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Campeão: Oeste (1°título)
Vice-campeão: Icasa
Semifinalistas/classificados para a série B: Chapecoense e Paysandu
Classificados do grupo 1: Fortaleza, Luverdense, Icasa e Paysandu
Classificados do grupo 2: Macaé, Duque de Caxias, Chapecoense e Oeste
Rebaixados do grupo 1: Salgueiro e Guarany de Sobral
Rebaixados do grupo 2: Santo André e Tupi
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SÉRIE D
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Ah, a série D ! Tão democrática, lotada de times desconhecidos e dos mais distantes rincões desse país... particularmente, eu adoro a série D, e é ainda mais legal quando uma potência do Meio-Norte a vence de maneira tão convincente e lotando estádios Brasil afora. Falo do Sampaio Corrêa, time do Maranhão que tornou-se a única equipe do país a vencer três divisões distintas do Brasil (tinha vencido a série B em 1972 e a série C em 1997) e que venceu a quarta divisão de maneira invicta. Os 4 jogos que o time fez na fase eliminatória tornaram-se os recordistas de público do campeonato, muito por conta da reinauguração do Castelão, espécie de Maracanã maranhense. A final foi contra o forte goiano CRAC, que eliminou na semifinal e também forte e estruturado Mogi-Mirim. Lamenta-se apenas a desclassificação prematura de times com muita história como Remo, Juventude e CSA, que ficarão mais um ano na luta pela quarta divisão nacional.
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Campeão: Sampaio Corrêa (1° título)
Vice-campeão: CRAC 
Semifinalistas/classificados para a série C: Mogi-Mirim e Baraúnas
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