quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Outro tango triste em Buenos Aires

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Tudo que envolva a Argentina e sua boêmia tem uma face melancólica. Isos é cultural e independe da área, seja nos esportes, na cultura, na religião, no clima ou na política. Essa última deu o tom menor no país hoje novamente, graças ao infarto e posterior morte de seu ex-presidente Néstor Kirchner.
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Enquanto presidente da " era K ", seu governo teve no assistencialismo sua principal base, aumentando o poder de compra das classes mais pobres, fazendo crescer o comércio interno e levando a economia Argentina a taxas de crescimento de 8% ao ano. Por outro lado, seu governo foi marcado pela censura e pela desconfiança de investidores estrangeiros quando ao real panorama da Argentina - seus opositores diziam que todos esses números eram uma ilusão. Querendo ou não, ele salvou o país da crise de 2001 e do desastre do governo de Fernando de la Rúa.
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Elegeu sua mulher, Cristina Kirchner, como sua sucessora, e venceu a eleição. Obviamente, muitos diziam que era ele quem comandava de fato o país, e que sua mulher era apenas figuração na Casa Rosada. Qualquer semelhança com Lula e Hugo Chávez não é mera coincidência, diga-se de passagem. Censura, programa voltado pros mais pobres...
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E agora ele está morto, a Argentina não sabe qual caminho tomar e 2011 é ano de eleição. A tristeza recorrente dos argentinos têm mais um cenário perfeito para aparecer ao som das canções de Gardel.
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