quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O corte com boa intenção no lugar errado

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Recentemente, a presidente Dilma Rousseff vetou o aumento real da aposentadoria do INSS. Resumidamente, quer dizer que os idosos ficarão com uma merreca, bem abaixo da inflação vigente na época. Obviamente, ela foi muito criticada por tal ato, mas há dois lados que dão a ela argumentos para um debate contra a opinião pública.
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Vivemos num país traumatizado pela inflação. Por mais que ela tenha sido controlada com o plano real nos anos 90, ela voltou a aparecer com força no segundo mandato de Lula. O meio mais simples e eficaz de conter a inflação é cortar gastos do governo. Por esse espectro, o veto de Dilma faz sentido: gantando-se menos com a aposentadoria, controla-se a inflação de uma maneira melhor.
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Porém, há os outros lados, que fazem Dilma parecer uma vilã. Cortar dinheiro na área social é um pecado econômico, pois impede o país de voltar a crescer com suas próprias pernas - e destrói a moral pública de qualquer pessoa. Como o governo quer que as pessoas sigam comprando e mantendo a economia aquecida cortando uma forma de pagamento, que faria as pessoas gastarem ? Mais: por que fazer isso com uma área tão frágil como a do INSS e das aposentadorias... ? Será que não poderiam tirar dinheiro de outras áreas menos importantes e menos fundamentais ( exlui-se dessa lista, claro, os ministérios da Educação, da Saúde e do Transporte ), que não tenha um impacto tão grande na população ?
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ficou marcado por chamar os aposentados de vagabundos. Por mais que Dilma não esteja totalmente errada em seu corte na aposentadoria, essa é uma atrocidade tão grave quanto a cometida por FHC.
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