segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pontuando tudo - e nem ligando pro que vão dizer

>
Recebi uma inbox no facebook hoje que me lembrou: o meu passado precisa ser tirado a limpo com algumas pessoas. Eu preciso falar de fato o que eu penso e o que eu sinto, já que a poeira abaixou, eu já refleti e tá claro pra mim os erros de cada um - e eu, como sempre, prefiro me culpar por tudo. A diferença é que eu não tenho culpa sozinho.
.
Eu até hoje não consigo engolir o nosso fim. A maneira como você falou comigo ao longo das minhas férias enquanto eu queria te ajudar e ficar do seu lado, o jeito que você me deixou tão distante de você ( a ponto de ficarmos unidos por um tênue status de relacionamento ), e, sobretudo, o fato de você simplesmente me tratar como me tratou, não querendo me ouvir e me ignorando. Você me tratou como um cachorro, e, cachorro que era, eu tentava resolver tudo e buscar algum entendimento, prontamente recusado por você. Isso sim foi o fim, pra mim. Mas, pra você, o fim foi bem antes.
.
Eu tenho essa imensa mágoa, mas nada que com uma conversa não se resolva. Sei que a parte de você que quer me ver bem longe e distante ( e eu sei que essa parte existe, pois, se não existisse, ainda estaríamos juntos ) é grande, mas, pra falar a verdade, eu nunca te esqueci. Como te disse, fiquei com uma amiga nesse tempo solteiro, mas isso foi bem depois de você falar que " eu tô livre pra fazer o que quiser " e que " não quer nem conversar comigo porque, na primeira vez, tentou resolver tudo da melhor maneira, mas agora nem liga mais ", ao contrário do que aquele misterioso e-mail tentava dizer. Eu não te traí e jamais sequer cheguei perto de fazer isso.
.
Mas parece que você preferiu acreditar mais nos outros do que em mim. Você não me deu chance de resposta, eu fiquei sabendo que te ligavam misteriosamente bem depois de nós terminarmos e bem depois de eu ter tempo hábil pra correr átras.
.
Com você eu aprendi que até a perfeição tem defeitos. Não ache que isso é ruim, muito pelo contrário. Eu não esqueço o quanto agonizava quando você tava mexida e monossilábica, mas também lembro da minha felicidade após conversar contigo, sobre qualquer coisa. Me lembro do quanto me entristecia quando não conseguíamos nos ver, mas também me lembro do quanto nossos encontros podiam ser miados e nos mesmos lugares, mas sempre me faziam sorrir até a próxima vez que nos víamos. Não esqueço de perder meu dia vago pra ir ter ver na FOC, do gosto do café da sua mãe... eu não me esqueço de nada. Eu não me esqueço de você, e não nego que a sua falta me deixou sem rumo.
.
Me diz como eu poderia trair quem eu corri átras no começo do ano, e, até pouco tempo átras, corri novamente até você me empurrar pra longe e você decidir viver sua vida sem mim ? Acho que só você pensou que eu tava de saco cheio, que eu não te queria mais, que eu te traí e esse tipo de coisa. Em quinze meses você foi a minha vida, e eu adorava minha vida, você e o jeito como tudo estava. Quem quis e quem tinha motivos pra terminar ( e terminou ) foi você, não me meta nisso.
.
Eu me privei de falar com a minha então amiga por vocês tornarem-se desafetas, me privava de sair com os meus amigos pra falar contigo à noite, ficava em casa enquanto você saía, sempre tentava saber o que te deixava mexida e quase nunca sabia, eu passei um mês das minhas férias deitado numa cama nume stado deplorável, semi-depressivo... Como eu estava de saco cheio ? Como eu não te queria mais ?
.
Sim, sei que esse texto parece muito mais condizente com o fim do que com o durante. Mas... não dá. Eu não sou de negar sentimento pra ninguém ( muito menos pra mim ), e eu não esqueço das nossas músicas, dos nossos dias, dos nossos encontros, das nossas datas. Eu não esqueço de cada sorriso, cada risada, cada palavra, cada beijo, cada abraço, cada vez que ficamos de mãos dadas. Posso não esquecer das nossas brigas, das nossas grosserias e dos nossos momentos ruins, mas, quando lembro deles, penso apenas no quão boa foi a nossa reconciliação. Eu não te esqueço, não esqueço de cada plano feito, do quanto eu sempre deixei tudo tão às claras com você ou do quanto nossas famílias nos apoiavam, cada qual da sua maneira. O que guardo de ruim eu não esqueço, mas o inesquecível, de fato, é o que vivemos de bom, a imensa maioria de tudo que juntos fizemos.
.
Encare isso daqui como quiser.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :