sábado, 20 de agosto de 2011

Páginas amarelas

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Minha família tem uma visão política conservadora, de direita. Não sei se por isso, se só por isso ou pelo quê, afinal, aqui em casa lêem Veja desde quando eu me conheço por gente. Ao contrário dos demais, eu sempre a vi para me informar, usando os dados, estatísticas e números, e vendo com muito ceticismo os textos corridos.
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Muito ouço falar que a Veja é a maldição, é o apocalipse, é partidária e outros quetais. Lula, de fato, era o demônio para a revista, sobretudo em seu primeiro mandato. No segundo nem tanto assim, ao meu ver. Mas, com a igualmente petista Dilma Rousseff, as críticas até ganharem certos tons elogiosos, graças a varredura ética que ela vem instaurando no Planalto - acho que essas medidas todas, de demissões ministeriais e etc, são acima de qualquer crítica , mas eu já vi a imprensa defender o indefensável, então, elogio a revista.
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Mesmo com sua parte noticiosa semanal, por assim dizer, mais moderada nas críticas, uma seção da revista ainda me tira do sério: as entrevistas, tradicionalmente conhecidas na revista como Páginas Amarelas.
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De um tempo pra cá, parece que todos os convidados são clinicamente escolhidos para falar mal de tudo que a revista não gosta. Como se já não bastasse isso, a Veja sempre coloca perguntas capciosas, para deixar o entrevistado soltar o verbo à vontade - o que deixa o semanário imensamente feliz.
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Isso sim é o antijornalismo da Veja, camuflado numa seção teoricamente de opinião de terceiros, e não da publicação.
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