Agora é pra valer. Faltando menos de uma semana pro início da maior competição esportiva do planeta ( sim, maior ( e bem maior ) que as Olimpíadas ), o mundo inteiro volta a atenção pro país sede e fica sabendo de tudo antes mesmo delas acontecerem, se deixar. Ainda resta uma rodada do Brasileirão antes do começo da Copa, por sinal já iniciada, mas isso é invenção nossa, inútil e errônea, como sempre. Começando as atividades de tal blog na Copa, vamos explicar. Ao menos hoje, tudo será falado em tópicos, pra melhor entendimento de todos. E antes de analisar o desempenho das seleções, vamos falar daquilo que tem tirado o sono de nações:
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Contusões: Talvez nunca um pré-Mundial fosse tão conturbado como esse em tal quesito. A Costa do Marfim perdeu seu principal nome para a competição. Didier Drogba foi aniquilado pelo nipo-brasileiro Túlio Tanaka. A chuteira do zagueiro japonês atingiu violentamente o cotovelo do marfinense, causando uma lesão mais séria. O lance virou motivo de piada na internet, pelas imagens e pela coincidência de Tanaka ser brasileiro de origem, e a seleção da Costa do Marfim enfrentar o Brasil na primeira fase da Copa.
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O Brasil, aliás, tem também dois lesionados. Júlio César, o melhor goleiro do mundo, e Michel Bastos, o titular da tão mal-falada lateral esquerda. No entanto, são lesões leves e eles devem estar disponíveis para a Copa. Quem não se deu bem foi Rio Ferdinand. Titular da seleção inglesa, ele torceu o joelho e já está fora. A braçadeira de capitão, antes do zagueiro do Manchester United, é agora de Steven Gerrard. O English Team já havia cortado o popstar David Beckham, graças a uma averia no tendão de Aquiles.
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Outros nomes correm sério risco, caso de Andrea Pirlo, espetacular meia italiano, com uma contusão semelhante a de Romário, que o deixou de fora da Copa de 98. Michael Essien, principal nome da seleção de Gana, já está fora, contundido no joelho esquerdo. A seleção holandesa também tem seu problema, com a lesão de Arjen Robben, dos principais nomes do selecionado, após uma fracassada tentativa duma jogada de efeito.
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No entanto, ninguém pode reclamar mais que os alemães de contusões. Ao todo, são três cortados. O primeiro foi a estrela Michael Ballack, com problemas no tornozelo direito. O substituto natural dele, Christian Träsch, sofreu uma lesão no mesmo local do titular de sua posição. Pra completar, o zagueiro Heiko Westermann tem problemas no pé direito e também foi cortado.
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Analisado os possíves desfalques e contusões, falemos do que interessa: futebol. Antes do início do Mundial, temos os já tradicionais amistosos. E podemos separar as seleções em alguns grupos. Vamos à eles:
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Decepções: Três escretes podem ocupar tal espaço. A primeira é a Itália. A Squadra Azzurra perdeu para o México, longe de seus bons tempos, por 2x1, e empatou com a excessivamente defensiva Suíça por 1x1. O fraco desempenho italiano já era esperado, ao menos por mim, desde a convocação do técnico Marcelo Lippi, com jogadores experientes demais e sem renovação alguma. Outra que me desapontou deveras foi a Espanha. Favorita europeia pra Copa, a Fúria Espanhola queria msotrar o aprendizado obtido após a EuroCopa 2008, na qualfoi campeão. Porém, nos amistosos realizados, faltou bom futebol. Venceu a fraquíssima Arábia Saudita com gols no acréscimos ( 3x2 ), e a frágil seleção da Coreia do Sul por magros 1x0. Pocuo pruma seleção que pretende vencer o Mundial. Última seleção da lista, a França tem resultados trágicos. Perdeu pra China em solo francês, empatou com a Tunísia e venceu com sérias dificuldades a Costa Rica. Vale ressaltar: não confio nas seleções azuis de tal grupo pré-Copa feito por mim.
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Pras cabeças: Três seleções vem fazendo amistosos bem convincentes e devem chegar com força pra disputa do mundial. A primeira é o Brasil. Mesmo jogando amanhã, contra a Tanzãnia, o jogo realizado ante o Zimbábue, com vitória canarinho por 3x0, foi uma boa amostra do que eu quero: raça, força e bom futebol. Contra um adversário altamente motivado, chegando duro e jogando a vida, a seleção mostrou saber atuar ante dificuldades, ora na bica ou na tabela e no drible, como o último gol brasileiro ou o chapéu de Dani Alves no fim da partida, por exemplo. Também está em tal grupo é a Inglaterra. Após as boas vitórias ante México e Japão, não dá pra achar que o English Team vai pipocar. Talvez, dessa vez, seja mesmo a melhor seleção inglesa desde 1966, ano do único título bretão na Copa. Fecha a lista a Holanda. Após 3 amistosos de alto nível ante México, Gana e Hungria, a Laranja Mecânica promete trazer de novo o bom futebol característico dos Países Baixos pro Mundial.
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Altos e Baixos: Não dá pra fazer uma análise sensata sobre os amistosos da seleção do México. Foram inúmeros. A mesma seleção que venceu a tradicionalíssima Itália e a fraquíssima Gâmbia, perdeu da favoritas Inglaterra e Holanda e empatou contra Equador. Os altos e baixos não se referem apenas aos resultados, mas também ao futebol apresentado, ora de nível aceitável, ora fraco. Os selecionados vão como uma imensa incógnita pra África do Sul.
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Surpresas: Sem tanta tradição em Copas do Mundo, aposto algumas boas fichas em certas seleções. O escrete dos Estados Unidos vem bem, após um vice-campeonato na Copa das Confederações de 2009 e as vitórias ante Austrália e Turquia. Mesmo sem resultados tão expressivos, dá apostar no Chile, vencedor de confrontos ante Coreia do Sul e Guatemala.
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Pior seleção da Copa: Todos pensam no título. Mas alguns países se contentam apenas em fazer um gol, ou somar alguns pontos. A luta pra fugir da última colocação promete ser intensa esse ano, com algumas seleçeões de nível técnico desprezível. O que dizer, por exemplo, duma seleção que passa com dificuldades para vencer os Emirados Árabes Unidos e apenas empata com o Congo ? Caso da Argélia. Sobre a Coreia do Norte, basta relembrar os amistosos ante o Atlético Sorocaba, time da segunda divisão do futebol paulista: empate em casa e derrota fora. Enfrentando seleções de algum gabarito, a Eslovêenia mostrou o que todos já sabiam. Não vai brigar por absolutamente nada no Mundial. Perdeu pra Dinamarca, Suécia e Croácia. Maior surpresa das eliminatórias, Honduras empatou com o Azerbaijão e Venezuela e perdeu para a Romênia. O Japão perdeu jogos previsíveis, ante Costa do Marfim e Inglaterra, mas deixou uma má impressão. Mesmo vencendo a Sérvia, a Nova Zelândia não empolga.
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Obviamente, há outros grupos, casos e seleções, que não serã analisadas para o texto não ficar ( ainda mais ) massante para o leitor. Foi-se o tempo no qual ninguém sabia nada sobre as demais seleções antes do Mundial. O fator surpresa existe, claro, e talvez isso dê a graça pra Copa. Porém, sempre há um resquício de previsibilidade, chato aliás, pra prognósticos.