quinta-feira, 24 de junho de 2010

Depois da tempestade vem a bonança

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Tal oração, escrita na Bíblia ( Mt, 10, 16-23 ) tornou-se um provérbio largamente utilizado pelas pessoas. Dá uma conotação positiva quando tudo está prestes a desmoronar. Espere um tempo, corra átras e veja tudo melhorar. Ontem, num dia tão conturbado, pensava ter chegado ao fim dum ciclo. Hoje, após deixar a poeira baixar, vi que nada estava perdido. Muito pelo contrário, o dia se mostrou bem agradável.
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O celular vibra, indicando mensagem. A conversa, prometida pra tarde, veio logo de manhã. Bem mais amena do que prometia ser, e com tópicos bem mais simples também. Veio o entendimento logo de cara, mas o desfecho ficaria pra mais tarde. Antes de voltar pra aula, deu tempo de ver o primeiro gol da Eslováquia ante a Itália. Erro no passe de Daniele de Rossi, e Vitek marcou. A desclassificação iminente assustou a Azzurra, que se lançou ao ataque com todas as forças. Já no segundo tempo, aos 22 minutos, Quagliarella aproveitou cruzamento e soltou um foguete salvo por Skrtel, milagrosamente. Seis minutos depois, Vittek fez 2x0, levando os italianos ao desespero. Pouco depois, di Natale fez o primeiro da seleção da bota, em gol que gerou confusão, graças à catimba eslovaca e a pressa de recomeçar o jogo por parte dos europeus. O empate e a posterior classificação vieram no gol de di Natale aos 40 minutos, anulado pelo árbitro. Em outro contra-ataque, Kopunek recebe um passe e encobre Marchetti. Fim de jogo ? Não. Quagliarella ainda conseguiu marcar aos 47, dando sobrevida aos tetracampeões do mundo. Aos 50, Pepe ainda desperdiçou a chance, do jogo e da classificação. A Itália volta pra Europa enquanto a Eslováquia fica, junto com o Paraguai. A seleção guarani ficou no 0x0 com a Nova Zelândia num dos piores jogos da Copa, e assegurou a primeira colocação. Aos oceânicos, a honra de sair do Mundial com uma campanha melhor que a Itália, sem nehuma derrota. É Itália... um elenco tão velho não deu a experiência nem a qualidade necessária pro penta.
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Após digerir tantas emoções na tela dum celular com TV, diretamente do cursinho, almoço e aula de matemática. Não é dos meus programas favoritos, como todos sabem. Porém, o tempo com o Enzo, cheio de piadinhas e com uma matéria simples, mostraram-se bem aproveitadas, até mesmo por sair meia-hora mais cedo. Parti direto pro Objetivo, onde vi a quadrilha do atual terceiro ano, reencontrei amigos antigos, professores queridos e terminei a tal conversa. Faltava pouco a ser dito, e o clima realmente me deixou feliz, absurdamente bem.
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Enquanto acontecia a festa junina, a decisão do grupo E tinha bola rolando. Nela, a Holanda foi eficiente e fez 2x1 ante Camarões, se despedindo da primeira fase com 100% de aproveitamento, feito inédito pra poderosa Laranja Mecânica em Copas. Já pro lado camaronês, só decepção: nenhum ponto e um futebol de quinta categoria, desonrando os tão temidos Leões Indomáveis. Na partida que valia algo, de fato, Japão e Dinamarca disputavam a segunda vaga da chave. Honda e Endo, a dupla talentosa de jogadores nipônicos, deu a vantagem aos asiáticos em duas cobranças de falta maravilhosas. No rebote dum pênalti batido por ele mesmo, Tomasson desconta. No fim da partida, porém, Okazaki faz o único gol de bola rolando. Os samurais se classificam, a deixam a Dinamarca com saudades do belo esquadrão montado nos anos 90.
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Veio a bonança. Após uma forte tempestade ( e, com a deixa, mando minhas forças aos alagoanos e pernambucanos que sofrem com os problemas deccorentes dos temporais recentes ), colho o inimaginável: tudo de bom. Nem eu sabia da minha plantação hidropônica.
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