Hoje eu já acordei com saudade de ontem. Da melhor conversa recente com a pessoa que me fez feliz, e há muito anda estranha. Das histórias com quem me faz bem. Do sempre lindo episódio de Grey's Anatomy. E eu senti saudades até do que não havia acontecido.
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Hoje meus avós viajaram pra Portugal. Desde as primeiras horas do dia vivíamos tal expectativa e apreensão. Eu menos, confesso. Assistia Paraguai x Eslováquia, com afinco, mesmo às 8:30h dum domingo. O Paraguai abriu o placar com Vera, no primeiro tempo, após dominar os 45 minutos iniciais e podendo até ampliar o marcador, jogado por apenas uma equipe, praticamente. A segunda metade foi tenebrosa, de baixíssimo nível técnico de ambos os lados. Riveros aproveitou a única grande chance do período e fez 2x0, praticamente colocando o escrete guarani na segunda fase do Mundial.
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Logo após colocar as malas no carro, começou a execução dos hinos nacionais de Itália e Nova Zelândia. Consegui, inclusive, acompanhar Fratelli d'itália, canção adorada por minha pessoa e ode italiana. No entanto, quem deu o tom da partida foi Smeltz, autou do primeiro gol da partida. O neozolandês aproveitou confusão na área e o toque estranho de Cannavaro contra o próprio patrimônio para concluir. A Azzurra vai pra cima com tudo, e 15 minutos depois chega ao empate, após Iaquinta converter pênalti. Parti pro aeroporto justamente após a cobrança da penalidade máxima. No trajeto até Guarulhos, fui ouvindo o drama italiano. No intervalo, chegamos no destino e nos despedimos de meus avós e minha irmã. Algo bem frio, ao contrário de tudo que envolve famílias, sobretudo as nossas. Quanto ao jogo, dali pra frente, foi um verdadeiro ataque contra defesa, com a zaga oceânica se segurando como conseguia e o ótimo goleiro Preston fazendo boas defesas. Mais uma atuação lamentável da Squadra Azzurra.
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Após um vigoroso almoço na Cepam, fui pra casa da Juliana ver o jogo do Brasil. Após eras sem ver os meus grandes amigos, tempo no qual aconteceu de tudo um pouco aconteceu. O jogo foi espetacular. Após as dificuldades iniciais, Kaká, Robinho e Luis Fabiano triangularam e a bola sobrou no pé de Fabuloso arrematar com violência. O jejum do camisa 9 havia terminado, 1x0 pro Brasil. Depois foi só verde-e-amarelo. No início do segundo tempo, de novo ele, Luis Fabiano, fez um golaço. Ao seu estilo, claro, cheio de dribles e chapéus, mesmo que de canela e com dois toques de mão, mas um golaço. Pouco depois, Kaká cruza da esquerda e Elano, o elemento surpresa, confere o surpreendente 3x0 de bom futebol da seleção. Ainda deu tempo pra Kaká ser expulso num lance estranhíssimo, reflexo de tanta violência marfinense ao longo do jogo. Drogba fez o de honra da Costa do Marfim, fechando o jogo em 3x1.
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Saudades dos meus avós. Da minha irmã. Da Itália feia e eficiente. Só não deu pra sentir saudades do Brasil raçudo, pois esse apareceu hoje.