sábado, 25 de julho de 2009

Um circo de palhaços

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Alonso fez a pole. Na Hungria. As RBR o seguem. Vettel e Webber. Respectivamente. Mas isso não tem valor. Algum.
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Precisei ir ao oftalmologista hoje. Exames de rotina. Tentei de todas as maneiras achar o treino. Na rádio. Não consegui. Esperei. Cheguei em casa. Corri. Liguei a TV. Ué. Onde estava o treino ? Parado ? Cancelado ? Adiado ? Havia algo de estranho no ar. Vi numa das curvas um aglomerado de gente. E um carro. Lá no meio. Escuro. Mas não sabia que um dos bólidos da minha apaixonante Scuderia estava no meio. Pior. Do meu ídolo. Felipe Massa.
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Desculpem o desabafo. Mas até nisso Rubinho é um bosta. A peça que vitimou Massa saiu de seu carro. Como uma mola. Pesada. Sai assim dum carro ? E numa velocidade incrível atinge o capacete de outro ? É algo sem precendentes na F1.
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Falava-se pouco. Alguns anos depois Galvão estava de volta ao país de onde se realiza o GP. Leme e Burti idem. Quando se abria a boca falava-se frases dignas de um funeral. Eu começava a ficar desesperado. Era já tido por mim como o homem que me fazia sentir orgulho de ser brasileiro. Mais. Maior. Imenso. Só tive forças de mandar mensagem pra Limão e pro meu pai. Eu não queria depender do Galvão. De suas palavras fúnebres. Mas necessitava de informações.
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Ele pode estar bem. Mas um fato desse pode deixar sequelas. Gravíssimas. E já vi pessoas ficarem bem e. Bem. Piorarem. Bastante. Basta ver o caso de Puerta. Ex zagueiro do Sevilla. Não. Não quero nem lembrar de tal caso. Sequer associa-lo com Felipe.
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Como pode ter treino num ambiente desses ? Pior. Como pode alguém comemorar algo numa situação dessas ? Ou não ter piedade nenhuma ? Alonso saiu do carro. Semblante preocupado. Pensei que iria perguntar de Massa. Mas ele perguntava de seu tempo de volta. Os computadores haviam dado tilt. Voltas de nada vale. O que vale é a vida. Que pode estar correndo perigo. Dum companheiro de profissão. A pole foi confirmada. Por um sarrista Max Mosley. Sorrindo. De orelha a orelha.
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Sinceramente. Vão todos para a puta que os pariu. Cada vez mais a denominação circo congrega-se perfeitamente com a F1. Um esporte sem coração. Onde só vale dinheiro. E voltas. As pessoas são fantoches. Um torneio tipicamente inglês. Nojento. Com aquele ar blasé enfadonho das ruas britânicas.
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Cada dia mais sou tiffosi. Ferrarista. Massista. Ele há de voltar. E fazer com que os que sorriram em sua desgraça chorem à sua apoteose.
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