sábado, 11 de julho de 2009

Uma história cinematográfica

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Ontem fui ver a Proposta. Sinceramente ? Desconhecia o filme. Ao ver o cartaz fiquei animado. Era a Sandra Bullock. A rainha. Mas. Das... comédias românticas. Não era o gênero que queria ver. Meu amigo me contou a sinopse do filme. Era de fato uma grande comédia romântica. Não pude deixar de falar o já tradicional " Aff. Vamos mesmo ver isso ? ". E vimos. Mas veio a surpresa. O filme se mostrou muito agradável. Engraçado. E não tão meloso. Só então reparei que poderia estrelar tal filme. Com algumas adaptações no roteiro.
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Vamos comparar. A minha vida. A real. Com a história. Do filme. A ficção. Margareth Tate é a editora de uma grande empresa nos EUA. Ela tem um humor pouco amigável. Digamos assim. É grossa. Áspera. É odiada por seus subordinados. Que nada falam. Por puro medo. Ela porém esconde um grande segredo. Dois. Na verdade.
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O primeiro ela não esconde. Perdeu os pais. Com 16 anos. Criou-se sozinha. Eram do Canadá. Aí começa o segundo segredo. Ela é uma imigrante. Ilegal. Claro que esse ela não revela. Mas seus superiores na empresa descobrem.
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Comparando. Ultimamente tenho vivido uma grande paixão. Inegável isso. E ela bem que parece com a Sandra Bullock. Melhor. Com a Margareth Tate. Um gênio difícil de ser lidado. Forte. Até demais. De lua. Meio grossa. E áspera. Idêntica nesse ponto. Também não precisa ser chamada de " Amante de Satã " como no filme. E ultimamente a minha Sandra Bullock anda sofrendo com problemas familiares. Nesse caso é melhor sofrer. Do que não te-los. Tenha certeza. Por enquanto nenhum superior a nós dois descobriu. E que continue assim. Por enquanto vai nos fazer bem.
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Pois bem. Para se livrar da imigração ela decide casar com seu assistente. Americano. Ele talvez seja a pessoa mais próxima. Em toda a sua vida. Dedicada apenas ao trabalho. A imigração decide então sabatinar os dois noivos para ver qual é a do casamento. Se é só fachada. Ou se é algo realmente sério. Os papeis se invertem. A durona chefe agora é vítima de seu assistente. A cena no qual Tate ajoelha e pede em casamento o americano Andrew Paxton é prova disso.
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Para se conhecerem melhor eles decidem ir para a pequena Sitka. No Alaska. Onde nasceu e cresceu Paxton. No avião tem-se uma surpresa. Ele já conhece tudo sobre Margareth. Nos 3 anos nos quais conviveram juntos só se falava dela. O tal assistente sabia até de fatos nada convencionais.
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Na vida real também se encaixa. Talvez a minha Sandra Bullock não tenha mais nenhuma pessoa interessante em seu círculo. E por isso apontou para mim. Me escolhendo. E ela por vezes continua duvidando. Eu sei de muito mais do que ela pensa. Sou um inspetor do cotidiano. E vou fundo. Talvez por isso consiga arrancar ao menos algumas belas palavras da pessoa.
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Eles chegam na cidadezinha como dois conhecidos. Por força do destino são noivos. E do governo americano. Também. No desenrolar da história nota-se uma brusca mudança no comportamento de Tate. A mulher de gelo não existe mais. Ela olha para a família Paxton de outra forma. Eles tinham dinheiro. Muita influência. Uma bela casa. Mas antes de mais nada eram unidos. Sabiam valorizar a convivência. E a saudade de 36 meses exacerbava tal fato.
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Chega de metáforas. Já falei demais. Creio que só conhecendo o âmago de qualquer sentimento pode-se saber a profundidade de tudo isso. No filme a mulher conheceu. Entre nós dois ainda não. Você apenas sabe que existe. Vai descobrir. Novembro. Lembra ? Chame de união. Amor. Paixão. É tudo. E nada. Ao mesmo tempo. Ainda não inventaram palavras para descrever. Fiquemos com obsessão.
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Já era nítido que o casamento de fachada tocou com Margareth. Andrew já a dominava. Ela tentava esconder. Não conseguia. Então vem a surpresa. A família Paxton pede para que ambos se casem em Sitka. Dois dias após o pedido. De imediato eles ficam transtornados. Mas começam a gostar da ideia. Aos poucos.
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Você esconde-se. Eu acho natural. São os traumas. Traumas que Sandra Bullock também tem. Mas são ficcionais. Nós os vivemos. E tenta se encobertar tal qual a personagem. Absolutamente normal. A partir do momento que você viu que não tinha como eu deixar de lado o meu sentimento também começou a gostar da ideia. E o resto é história.
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Chega a data do casamento. Para surpresa de todos Tate revela que tal casamento é uma farsa. Na frente do inspetor da polícia. Tudoe stava resolvido. Ela seria deportada. A Tate de Nova York voltava. Egoísta. Gélida. Não pensou nas consequências para Andrew. A família estava arrasada. Via a derrocada de um sonho. Do seu menino. Único filho.
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Por vezes você volta a ser aquela. A que deu origem ao seu apelido. Justo. Limão. Fria. Sistemática. Calculista. Não pensa muito nas consequências. E acaba me deixando preocupado. Não temos família nenhuma nos ligando. Mas sei que se você não quiser mais também me abandona. Ou interrompe a cerimônia. Isso me conforta. Quando algo não te agrada. Você fala. Nada mais importante que isso.
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E Andrew ? O que faria ? Sem esposa e humilhado por sua chefe perante sua família. Sua ex lhe dá o conselho. Corra átras dela. E ele correu. Perdeu o vôo de Sitka para Nova York. Mas não desistiu. Mostram então Tate tirando seus objetos de sua sala. Na editora. Ninguém aparece para ajuda-la. Ela continua sendo aquela mulher insossa e maquiavélica. Sem amigos. E talvez seu único contato mais próximo esteja ferido. Graças a ela. E a suas traquinagens. Nada juvenis.
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Mato. Morro. Corro por ti. As vezes vejo minhas ex. Elas não falam nada. Mas a lembrança vem. E o recado é dado. Automaticamente. É minha necessidade seguir-te. Mesmo que não pegue o vôo. Não desisto. Não sou disso. Voc~e para os outros pode ser a chata. Antissocial. Para eles. Eles não te conhecem. Eu sei bem quem você é. E só eu sei quanto amor você carrega em seu peito. Por vezes fiquei ferido com certas coisas que fez. Muito. Mas feridas cicatrizam. E a enfermidade já não se faz mais tão grave. Superei.
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Andrew também superou. E. Surpresa. Lá está ele. Na editora. Frente a frente com sua ex-noiva, ex-chefe e atual desejo. Um longo discurso é feito. Aqui essas duas histórias se encontram. A do filme ocorre simultaneamente à escrita. E a nossa. Num resumo. Bem curto. Perto da tantos fatos que nos circundaram. Até o atual estágio.
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Tate relembra que perdeu os pais cedo. se criou sozinha. Não está acostumada com qualquer encenação de amor. Prefere evita-las. Bem. Você até hoje tem problemas com seus pais. Fica em choque se recebe uma palavra carinhosa. Despretensiosa. E repele tudo isso com sua frieza. Andrew diz então uma célebre frase.
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" Eu não quero me casar para te manter aqui no país. Quero me casar pois te desejo. Desejo namorar contigo. "
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Sim. Você sabe que no dia no qual falar isso me sentirei um homem totalmente realizado. É o meu maior sonho. Eles vão ficar juntos. Claro. Como qualquer comédia romântica.
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Limão. Sejamos como esse filme. Engraçado. Prazeroso. Com final feliz. E que você seja sempre a minha Tate. Fria. Azeda. Mas apaixonada. Ao contrário de Tate, demonstre esse amor. Em suma. Você é cada dia mais minha Sandra Bullock. E eu. cada dia mais. Sou seu apaixonado.
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