sábado, 9 de julho de 2011

Imprensa livre, povo vingado

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É consenso que qualquer político rouba, rouba muito, e passam impunes. Tapeiam dinheiro público, que todos nós produzimos e, basicamente, serve pra vida dos engravatados, e não pra construção de hospitais, escolas ou rodovias. É difícil escapar desse pensamento e até os mais esperançosos e otimistas, como eu, tem dificuldades de provar algo diferente na máquina política atual.
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Porém, em alguns casos, a população, por meio da imprensa, consegue algumas vitórias contra quem, alegadamente, tapeia-o. Durante o já histórico caso do mensação ( que, aliás, José Dirceu disse que nunca existiu e é tudo mentira ), José Dirceu viu seu castelo de propinas ruir. Outros nomes importantes da política, como Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto, foram varridos de Brasília. Delúbio Soares, Silvio Pereira ( mais conhecido como Silvinho Land Rover ) e Marcos Valério tornaram-se nomes comuns dos noticiários políticos, e símbolos dum país que crescia e deixava a ética de lado.
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Alguns outros escândalos surgiram, como o dos sanguessugas, do mensalinho, Renangate, cartões corporativos, Satiagraha, atos secretos, Gamecorp ou Erenice Guerra. Nesses, alguns Severinos ou Erenices foram destituídos, mas Renans Calheiros e Sarneys seguiram normalmente com suas atividades. Após o mensalão, a imprensa foi, veladamente, cerceada, para que os impactos de tudo que ela dissesse tivesse menor impacto na vida dum governo que se achava inventor e descobridor do melhor país do planeta.
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O partido é o mesmo, e tinha-se o temor que Lula governaria em nome de Dilma. Embora ela continue com os programas sociais do antecessor ( a parte boa do governo dele, diga-se ), ela mostra-se uma pessoa que liga bem mais pro bom-senso e pra ética. Mesmo falhando ao colocar Antônio Palocci num dos cargos mais importantes da equipe ministerial, Dilma foi rápida em tirá-lo do ministério da Casa Civil ao ver novas denúncias, publicadas na revista Veja, mostrando que o caráter do petista é do tamanho duma azeitona.
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Nessa semana, a mesma revista publicou matéria que apontava mutretas no ministério dos Transportes, incluindo em diversas patacoadas o próprio ministro, Alfredo Nascimento. A matéria foi publicada no sábado, e na quarta-feira Alfredo já era ex-ministro. Uma troca rápida e sem qualquer custo ou novela para a presidente, que foi lépida e agiu com confiança, presteza e compromisso não só com seus eleitores, mas também com todo o país.
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Se continuar assim, o Brasil pode continuar no eixo econômico certo, mas tem uma conquista ainda mais voraz, desejosa e impressionante: a limpeza moral.
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